FINANCEIRO

CONTABILIDADE FINANCEIRA

A contabilidade financeira é o ramo da contabilidade que cuida da elaboração e divulgação das informações contábeis de uma entidade direcionadas aos usuários externos. São exemplos de usuários externos os acionistas, potenciais investidores, o governo, o fisco, bancos e credores. As  informações oriundas da contabilidade financeira evidenciam o resultado, o desempenho da gestão da entidade em dado exercício e perspectivas futuras, resultante de decisões de administradores na condução do seu negócio e casos fortuitos.
Objetivo:
Permitir a cada grupo de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade num sentido estático, bem como fazer inferências sobre tendências futuras. Para consecução desse objetivo, é preciso que as empresas dêem ênfase à evidenciação de todas as informações que permitam não só a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações desse  patrimônio, mas, além disso, que possibilitem a realização de inferências sobre o seu futuro. 
Conforme IASB: o objetivo das demonstrações contábeis é dar informações sobre a posição financeira, os resultados e as mudanças na posição financeira de uma empresa que sejam úteis a um grande número de usuários em suas tomadas de decisão.
Conforme FASB: a divulgação financeira deve fornecer informações que sejam úteis para investidores e credores atuais e em potencial, bem como para outros usuários que visem à tomada racional de decisões de investimento, crédito e outras semelhantes
Conforme CVM: permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e fi nanceira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras. Para a consecução desse objetivo, é preciso que as empresas dêem ênfase à evidenciação de todas as informações que permitam não só a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações desse patrimônio, mas, além disso, que possibilitem a realização de inferências sobre o seu futuro.

História:
A aplicação da contabilidade financeira data de   meados do século XX, e surgiu nos Estados Unidos como uma vertente da contabilidade geral.
A contabilidade financeira posteriormente deu sequência à Contabilidade administrativa, que por sua vez  já havia dado origem achamada Contabilidade Departamental e a Análise e Consolidação de Balanços. (técnicas desenvolvidas pelos primeiros gestores financeiros americanos). A corrente contrariava a orientação científica dada pelos contadores europeus no que se pode denominar de Contabilidade Patrimonialista. Posteriormente, os teóricos americanos propuseram ainda o que foi inicialmente traduzido no Brasil por Contabilidade gerencial ( Management Accounting), com o objetivo de escapar da rigidez dos princípios contábeis geralmente empregados com obrigatoriedade na Contabilidade Financeira.
Atualmente a Contabilidade Financeira na forma que é seguida pela maior parte do mundo, não se refere somente ao patrimônio financeiro (dinheiro), pois se refere à contabilidade voltada para os usuários externos à organização, e regulada por leis na defesa dos interesses sociais.
Contabilidade financeira x contabilidade gerencial:
Contabilidade financeira: voltada aos usuários externos (acionistas, credores, fisco), tipos de informações (monetárias), horizonte temporal (passado), frequência de emissão de relatórios (anual).
Contabilidade gerencial: voltada ao usuários internos (níveis hierárquicos e áreas funcionais), tipos de informações (monetárias, produtivas, tecnológicas), horizonte temporal (presente e futuro), frequência de emissão de relatórios conforme a necessidade (mensal, trimestral).

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BUDGET E FORECAST
Budget: significa orçamento e controle de budget significa controle de orçamento. A cada mês a empresa fará a comparação entre budget x atual para encontrar as divergências e buscar revisões. Tais revisões serão chamadas de forecast. O forecast é o budget ajustado.
Orçamento: é a previsão de ganhos e perdas.
Forecast: significa a revisão entre o que foi orçado e o real.
Por exemplo, a empresa orçou R$ 1.000,00 de despesa com vendas mês a mês, totalizando R$ 12.000,00 (Budget).
Nos primeiros dois meses a empresa verificou que gastou R$ 1.500,00 em cada mês.
O que a companhia pode fazer é ajustar os saldos dos próximos meses de maneira que o que ela já gastou, mas o que ela vai gastar, se iguale ao que ela tinha orçado (R$ 12.000,00). Se fizesse isso, teria como forecast R$ 1.500,00 nos dois primeiros meses e R$ 900,00 no restante (o total daria R$ 12.000,00).
Ou até mesmo a empresa poderia verificar que não há como mudar isso, que a despesa realmente será de R$ 1.500,00 ao mês e que ela vai ultrapassar o pretendia nesta despesa. Toda esta parte de analisar, controlar e sugerir revisões e planos ao budget é o Forecast.
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ORÇAMENTO
Orçamento é o plano financeiro estratégico de uma administração para determinado exercício. Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado.
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ORÇAMENTO EMPRESARIAL
O orçamento empresarial tem como objetivo identificar os componentes do planejamento financeiro com a utilização de um sistema orçamentário, entendido como um plano abrangendo todo o conjunto das operação anuais de uma empresa atravês da formalização do desempenho dessas funções administrativas gerais.

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DERIVATIVOS
Derivativos são ativos financeiros que derivam, integral ou parcialmente, do valor de outro ativo financeiro ou mercadoria. Podem também ser entendidos como operações financeiras que tenham como base de negociação o preço ou cotação de um ativo (chamado de ativo-objeto) negociados nos mercados futuros, a termo, de opções de compra e venda, de swaps e demais operações financeiras mais complexas.
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MERCADO FUTURO
Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda de determinada quantidade e qualidade padronizadas de um ativo financeiro ou real, representada por contratos padronizados para liquidação (física e/ou financeira) em data futura. Nesse mercado existe o ajuste diário do valor dos contratos. Esse é o mecanismo que possibilita a liquidação financeira diária de lucros e prejuízos das posições, viabilizando a troca de posições.
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MERCADO A TERMO
Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda de contratos padronizados para liquidação física e financeira em data futura, ficando as partes, compradora e vendedora, vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato.

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MERCADO DE OPÇÕES
Aquele em que uma parte adquire o direito de comprar (opção de compra) ou vender (opção de venda) o objeto de negociação, até ou em determinada data, por preço previamente estipulado. A outra parte, em contrapartida, assume o dever de vender (opção de compra) ou comprar (opção de venda) tal objeto de negociação, que são contratos padronizados representativos de um ativo financeiro ou de uma mercadoria no mercado disponível ou no mercado futuro.

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MERCADO DE SWAP
Aquele em que as partes trocam um índice de rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge, casar posições ativas (recebimento) com posições passivas (dívida), eqüalizar preços, efetuar arbitragem ou até alavancar sua exposição ao risco.
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HEDGE
A palavra "hedge" pode ser entendida como "proteção". Hedge é uma operação que tem por finalidade proteger o valor de um ativo contra uma possível redução de seu valor numa data futura ou, ainda, assegurar o preço de uma dívida a ser paga no futuro. Esse ativo poderá ser o dólar, uma commodity, um título do governo ou uma ação.
Os mercados futuros e de opções possibilitam uma série de operações de hedge. Por exemplo, através de mercado futuro de dólar (negociado na BM&F), uma entidade que possui dívidas em dólar pode reduzir o risco de uma perda provocada por uma elevação da cotação da moeda norte-americana, desde que compre contratos futuros de dólar em valor equivalente à sua dívida.
Proteções semelhantes podem ser feitas para reduzir riscos de outros mercados, com taxas de juros, bolsas de valores, contratos agrícolas e outros, dependendo das necessidades da instituição que está à procura do hedge.
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DEPÓSITO FINANCEIRO
O depósito nada mais é que a entrega de um numerário (dinheiro) ao Banco, para que este o guarde (ou aplique) para o cliente, e lho restitua, total ou parcialmente, ou na época combinada, ou   quando este pedir.
Os depósitos podem ser a vista ou a prazo.
Depósito a vista: são aqueles que o cliente quer deixar o dinheiro a sua disposição pessoal, para sacar tudo ou uma parcela, a hora que lhe convier. Normalmente os depósitos a vista são feitos em conta corrente.
Depósitos a prazo: são investimentos, que não estão a imediata disposição e liberação ao cliente. Este deve ou aguardar um prazo de vencimento, para resgatá-los, ou dar um aviso antecipado, de que pretende seu numerário.

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APLICAÇÕES FINANCEIRAS
São operações realizadas pelas empresas com o objetivo de gerar recursos financeiros (dinheiro).
Essas aplicações correspondem, geralmente a compras de títulos do governo.
Tais títulos tem liquidez imediata porque a empresa pode resgatar  o valor aplicado mais os rendimentos no dia em que desejar.
Os rendimentos correspondem a inflação ocorrida no período em que o dinheiro permanecer aplicado, sendo geralmente baseado na variação dos títulos do governo.
Tipos:
Rendimento pré-fixados ou renda fixa: neste tipo de aplicação a empresa fica sabendo no dia da aplicação o valor dos seus rendimentos que correspondem à correção monetária prefixada mais juros.
Rendimento pós-fixados ou renda variável: neste tipo de aplicação a empresa somente fica sabendo quanto ganhou com a operação no dia seguinte do seu resgate.
Tributo incidente imposto de renda.
IR renda variável a partir de 1º de janeiro de 2005:
a) 20% no caso de day trade
b) 15% no caso de operações realizadas nos mercados a vista, a termo de opções e futuros.
Day trade considera-se a operação ou a consignação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia.
IR renda fixa a partir de 1º de janeiro de 2005:
a) 22,5% aplicações até 6 meses;
b) 20% aplicações de 6 meses a 12 meses;
c) 17,5% aplicações de 12 meses a 24 meses;
d) 15% aplicações acima de 24 meses.


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APLICAÇÃO FINANCEIRA: CDB
CDB: significa Certificado de Depósito Bancário. Estes certificados de depósitos bancários são títulos nominativos emitidos pelos bancos e vendidos ao público como forma de captação de recursos.
Os CDBs são negociados a partir de uma taxa bruta de juros anual, e não levam em consideração a tributação ou a inflação. Além disso, podem ser negociados a qualquer momento dentro do prazo contratado mas, quando negociadas a um prazo menor do que aquele mínimo previsto (30,60 ou 90 dias para os títulos pré-fixados), estas aplicações sofrem incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) além do Imposto de Renda na Fonte (IRF).
As principais modalidades:
CDB pré-fixado: os CDBs prefixados são títulos que não têm prazo mínimo, não podendo ter o seu vencimento em sábados, domingos, ou feriados. A rentabilidade destes títulos é determinada na hora da aplicação, e portanto, você saberá previamente o quanto irá receber no vencimento. Nos momentos de crise, com tendência à queda das taxas de juros, os bancos darão preferência à captação de recursos em CDB pré-fixado de prazo longo.
CDB pós-fixado: os CDBs pós-fixados podem ser oferecidos pelos bancos com ou sem liquidez diária, rendem de acordo com o desempenho de indicadores como os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) ou a Taxa de Referência (TR). Estes títulos são populares em momentos onde existe perspectiva de aumento dos juros.
CDB com SWAP: os CDBs com swap são títulos que podem ser negociados com remuneração pré-fixada ou pós-fixada de acordo com o desempenho de indicadores como Taxa SELIC, taxa cambial ou CDI. Os montantes mínimos de investimento são superiores às modalidades anteriores, geralmente acima de R$ 100 mil.

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APLICAÇÃO FINANCEIRA: CDI
Os Certificados de Depósito Interbancário - CDIs são os títulos de emissão das instituições financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.


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LONG & SHORT
Consiste em uma operação de mercado neutro, usualmente praticada por arbitradores, utilizando-se de distorções provocadas por movimento de especuladores ou outros players do mercado.
Esta operação, conhecida no mercado brasileiro como Long & Short ou Long/Short, em português seria algo como Arbitragem entre Ações. É um tipo especifico de operacao de Hedge, no qual busca-se a neutralidade em relação aos índices principais do mercado. Trata-se basicamente de uma operação de arbitragem entre papéis.
A estratégia de Long & Short (Comprado & Vendido) consiste em uma operação casada (simultânea), na qual um investidor mantêm uma posição vendida em uma ação e comprada em outra (com financeiro perto de zero) no intuito de obter um residual financeiro da operação quando liquidá-la. Esta operação permite alavancagem financeira, pois é lastreada com margens de garantia.

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EMPRÉSTIMO: CONTA GARANTIDA
É uma conta empréstimo separada da conta corrente, com limite de crédito de utilização rotativa destinado a suprir eventuais necessidades de capital de giro.
As operações de conta garantida tem por finalidade conceder limite de crédito embasado em garantias preferencialmente de duplicatas, as quais podem ser substituídas por outras quando da liquidação, respeitando-se o prazo contratado.
Em média o prazo de contrato formalizado é de 120 dias.
Por solicitação do cliente, a instituição financeira transfere o valor desejado, até o limite contratado, para a conta corrente.
Os encargos: Ao final de cada mês ou na data de aniversário do contrato.
Do principal: O principal poderá se amortizado total ou parcialmente a qualquer tempo, durante a vigência do contrato, por solicitação à instituição financeira, que transferirá o valor solicitado para amortização, da conta corrente para a conta garantida.

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